29.7.08

Folhas de outono


Numa curva do tempo

entre o outono e o inverno,

quando ventos assolam as árvores

espalhando folhas secas pelo chão

num tapete amarelado de melancolia,

não escuto o farfalhar

de nenhuma delas sob seus pés...

Só frio, muito frio,nudez d’alma como acalanto

e algumas palavras

rabiscadas num papel...

Que me chegue logo a primavera!

Ilka Maria

26.7.08



sinceramente.. não sei bem o que escrever. nem sei também porque entrei aqui hoje.
mas, só de olhar para esse retângulo em branco, sem nenhum rabisco nem sujeira, já me aliviei.
Estou com dor de cabeça. Dessas que qualquer ser com cabeça sente, de vez em quando.
Agora, eu vou sair daqui e vou tomar um bom banho, e ver se tem por aqui algum remédio.
Sabe, agorinha, num momento vazio, desses momentos que a cabeça desliga um pouco, acabei percebendo que tenho uma mania: raspar a superfície da unha do dedo indicador da mão direita com a unha do dedo indicador da mão esquerda. Ás vezes eu mudo e raspo o da esquerda com o da direita. Bom, xau.

o que eu só queria.


numa noite de chuvasó queria que a luaviesse iluminar dois passos.numa página da vidasó queria que a verdadefosse a maior virtude.um olho fechando quando,está prestes a chorareu só queria.Um fio de cabelo qualquerque me sufocasse a garganta,eu só queria.uma máquina de escreverque escrevesse o roteiro,eu só queria.uma ou duas maneiras deentender as coisas mais difíceis,eu só queria.Uma espécie de espelho fixado a mimpara que pudesse o mundo olhar-mee entender-me,sem que eu nada precisasse dizer.lucas



outra hora eu organizo, outra hora eu refaço, outra hora eu apago.


17.7.08

.COM

Jornal A PROVÍNCIA, apresenta:


O ponto da Galera!


Uma página inteira com a linguagem, informações e design jovem e moderno!

NÃO PERCAM!

breve nas bancas!



Pois é! Meu mais novo trabalho!
=)
Leiam e comentem, viu?

9.7.08



Carentes de encanto as cores frias

geleiras sombrias pintadas a dedo

de algum marinheiro

que morreu no frio,

do navio

que afundou.

8.7.08


Pai!
Dá-me asas para que eu possa sentir o prazer de arrancá-las.

para que voar,
se o céu é o limite?
~*~

6.7.08


Não olhe para mim. Não agora.
Não haverá poesia, nem poeira,
nem telha, nem goteira.

Um arrepio de frio nos nervos
um sopro de ar no coração
uma ânsia, um desespero.

-Volte!
O que fazendo? Quem manda?!
O destino seu quem faz,
a vida não!
Compre - entenda! Lute!
!etul

Máscaras.
Firme mãos.
antigas mãos,
pedras e mãos..

"A vida não pára até quando o corpo pede um pouco mais de alma." - Lenine.

3.7.08



"Chove, pode chover...

Mandem-me trovões, relâmpagos e raios.
Roguem-me pragas, pestes e críticas
Duvidem de minha dignidade,
De minha integridade.
Massacrem minha vida, criem boatos e intrigas
Insultem meu nome, identidade, ideologia
Falem-me de dores, horrores e tristezas
Façam-me perder a calma, paciência, estribeiras
Proíbam-me de me expressar, calem-me.
Enlouqueçam-me com seus desprazeres naturais
Envenenem-me com seu suco social
Abandonem-me nas horas que eu mais precisar
Fechem suas portas, impeçam-me de passar
Arranquem-me os órgãos, torturem-me.
Cassem-me como um monstro,
Definam-me como aberração, doente, minoria
Acorrentem-me nas masmorras da marginalidade
Apontem-me erros, desprezem-me.
Batam-me forte, atirem-me a fogueira, arranquem-me fora o pescoço
Desejem-me a ira dos deuses, o castigo do pecado profano, o inferno
Matem-me com suas línguas afiadas.


...porque o amor verdadeiro
resiste a todas as tempestades.”


"O corpo se entrega ao leito, como um suicida a morte,
E no tempo que lhe faltara sorte, alça o vôo do último suspiro.
Desesperadamente cogita em se entregar, cortar suas asas e cair,
Mas aí que surge a imagem do amor dentre as rubras nuvens.
E uma força emana do coração apaixonado: a esperança
Antes lutar e encarar a vida em virtude do amor,
Do que se entregar a decadência sem nunca tê-lo vivido
."
~*~

Há um corpo de alma.


Hoje acordou e esqueceu-se de lhe por a alma.
Só o corpo decadente perambulando a casa
Soletrando ruídos marginais, palavras estúpidas
Decodificando mensagens ilegíveis, ilusórias

E a alma lá, ainda dormente na cama
A descansar como um feto no ventre
Quente e acolhedor, envolto a cobertas.
Anestesiada, não despertou agora.

O corpo tomado pela aflição mortal da culpa
Condenado por um erro que não existiu
Vai arrastando a carne até o vaso
E vomita os gritos, hospedeiros da cólera.

E a alma lá, entorpecida pela inércia
Protegida pelo calor vital de uns braços,
Que não tão distantes aguardam, serenos
O regresso triunfal de seu amor.

Loreena McKennitt

Gostaria de apresentar-lhes a dona da voz que me acalma nas horas de desespero e me faz viajar livremente por um universo distante e misterioso: Loreena McKennitt.


Juntar a cultura celta a elementos da música oriental, introduzindo um toque erudito e utilizando instrumentos folclóricos, aliados aos sons eletrônicos obtidos através de sintetizadores. Some-se a isto vocais diáfanos que remetem a eras indefinidas. A receita desta mistura é o sucesso da canadense Loreena McKennitt.
Loreena possui uma voz que ela explora sem cair nos arroubos desnecessários. Tudo é encaixado perfeitamente na estrutura musical, que ela mesma assina. Ela assina nada menos do que as composições,arranjos, produção e até a distribuição dos seus trabalhos. Os discos de Loreena são lançados pela Quinland Road. Nunca ouviu falar? Não admira... a QR tem como contratados a intrumentista e cantora Loreena McKennitt. Só. Ela fundou seu próprio selo para distribuir seus discos no Canadá, mas como seu nome e sua música atravessando as fronteiras do país, Loreena associou-se à Warner que colocou seu quarto álbum, The Visit, em 31 países. O disco foi platina dupla no Canadá e vendeu 300 mil cópias em outros países (200 mil só nos Estados Unidos). O CD também recebeu disco de ouro em países como a Austrália, Nova Zelândia, Itália e Espanha. A gravadora de uma única artista mostrou-se um sucesso e já vendeu mais de 4 milhões de álbuns em 40 países. O CD The Book of Secrets é um poderoso exemplo das qualidades do trabalho de Loreena, retrabalhando musicalmente, à maneira de um mosaico, influências tão diversas quanto as paisagens da natureza siberiana, as andanças do aventureiro Marco Polo ou o espetáculo proporcionado pelos áureos tempos de Veneza.
Desnecessário dizer que não foi sempre assim. Tal como muitas crianças, Loreena demonstrou um óbvio interesse pela música. Foi então que se iniciou o seu treino formal, apesar de a certa altura querer ser veterinária quando crescesse. Não é uma ocupação fora do comum para uma filha de um comerciante de gado em Morden, Manitoba. Mas o amor pela música foi mais forte do que a criação de animais. Cedo ela começou a aprender música. Loreena estudou piano clássico por 10 anos e canto durante cinco anos. Ela cantou em corais, apresentou-se em clubes locais de música folk e espetáculos musicais da região nos anos 70. No início dos anos 80, Loreena mudou-se para Stratford, Ontario, onde trabalhou como compositora, atriz e cantora no Festival Shakespeareano do Canadá. Não iria demorar muito para que ela partisse rumo a Toronto. Com a harpa debaixo do braço, os cabelos vermelhos soltos caindo pelos ombros, Loreena era uma figura e tanto. Chegou a representar o Canadá em apresentações dentro e fora do país, escreveu trilhas sonoras para filmes e tocou em festivais. Isto até 1985, quando ela lança seu primeiro disco.
Segundo Loreena, "quando a música é tocada para o público, sempre há uma dinâmica e personalidade própria, que depende da química do dia, da interação dos músicos com a platéia e o lugar onde estão tocando. E é claro, ao vivo, a música tem sua dose de espontaneidade". Pensando nisso, Loreena resolveu gravar um álbum ao vivo, durante a turné de "The Book of Secrets". A exótica e eclética mistura de experiências, do sublime ao ridículo, do tocante ao enfurecedor, do revigorante à exaustão.
Se você pensa que ouviu uma canção familiar na grande (ou na pequena) tela ultimamente, você pode estar certo. "The Mystic's Dreams" é apresentada extensivamente no filme As brumas de Avalon; partes de "Bonny Portmore" e "Cé Hé Miss Le Ulaingt/The Two Trees" aparecem em Highlander III, e passagens de "The Lady of Shalott" foram usadas em Leolo. Recentemente, nos créditos de Due South incluem o uso de "Prospero's Speech" e "Tango to Evora" em Northern Exposure e muitas faixas em Strange Luck. Também "Ancient Pines" faz parte da trilha do filme Goddess Remembered. Não tão nobre como a trilha de um filme, Loreena chegou à trilha da novela global Corpo Dourado com "The mummers' dance" o que, de certa forma levará sua música a um público maior.
Continue lendo sobre a biografia dessa incrível cantora no site : http://minerva.ufpel.edu.br/~bira/loreena/lm_01.html

2.7.08

Por você.

-Por você?
Eu faria tudo.
E tudo o mais que essa palavra (tudo) não atingir.
Por você, somente por você,
Porque só você me causa a melhor sensação que já senti na vida.



Escrever teu nome em todas as areias de todas as praias, junto ao meu.
Nadar nas profundezas mais profundas do oceano, desafiar sereias e tritões e capturar a mais bela pérola para enfeitar sua vida.
Pegar todas as estrelas no céu e embalar num caixinha de presente para te dar.
Fazer o maior sonho de valsa que já existiu e servi-lo com o mais delicioso café que alguém já experimentou.
Colar com super bonder as placas tectônicas e tapar com durepox o buraco na camada de ozônio.
Contratar a Amy Winehouse para cantar em serenata todas as noites só pra você.

~*~

Escrevo proezas imaginárias
Imaginando-me a ver
Um sorriso bobo teu,
Qualquer sensação.

.oma et

Vilarejo íntimo.

Vilarejo
Meu e teu.
Nosso,

Para sempre

Nosso
(Meu e teu)
Vilarejo.
-.-