Eu corro. Eu fujo do mundo que não escolhi para mim. Atiro-me montanha abaixo, me ofusco para não dilatar as pupilas de Deus.Atormento-me por não entender os dialetos e as pessoas que riscam sem pudor as margens do meu papel.Canso-me a mente nos frontes dos conflitos sangrentos entre sensações aflitas e emoções verdadeiras.Calo-me. Choro. Aperto os botões observando as letras encaixando-se na tela. Não sei se dói, mas sei que dói.Conduzo-me por becos estreitos, cavernas úmidas e escuras, cordilheiras distantes.E os fios vão se desembaraçando num bailar de pentes. E a coluna desaba sobre os montes de algodão. E os sóis se põem num rápido bater de pálpebras.
Um comentário:
muuito bom!
parabéns, uca.
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ps.:
engraçado, sinto como se estivesse
presente quando esse texto estava
sendo escrito!
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